Analgésico

Analgésico

A dor e a raiva invadiram meu corpo.
Sinto ânsia e tontura.
Desequilibro em frente ao fosso.
Meu corpo luta em meio a surra.

Modelo as dores e o ego.
Procuro por paz e luz.
Estou no labirinto e cego.
Meu ego espera por algo que o conduz.

A raiva já quase me inflama.
Procuro um analgésico.
Já não me basta mais a cama.
Inflama consciência, me torna amnésico.

Sou amor, trago  otimismo.
A raiva virará algo estético.
Estou em busca do mecanismo.
O otimismo é minha arte, meu analgésico.

Luzia Rodrigues de Souza
Brasília/DF, 21/10/2019

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